De negros e de brancos
Sim, é matéria clara e morta sem sombras.
E nas sombras sempre há
um quê de negritude
e um branco de vazio.
E, sim, isso aqui parece e é
coisa de preto, de negro, de escuro
ser e sentir e solver e sorver e sumir e saber e sair.
E ainda há aquelas coisas de antes e de agora.
E de falar de mães negras e brancas
e de tomar delas toda nascida luz
das escuriclaridades de ser jamais e sempre feliz.
E negros são brancos sem sentir,
e brancos são negros sem saber,
e tudo está indefinido no painel da vida
descolor e toda colorida de ancestralidade
e de definitivo
ponto incolor e sem final.
E ninguém falou do amarelo.