Em noites de ausências


Há homens que morrem

em noites de ausências,

durante olhos que choram

à lembrança de um poema,

de uma velha e estranha canção

em noites de ausências

- durante lábios em gelo,

sob a saudade de amar

em toda lembrança um rosto

em noites de ausências,

sentindo a doçura de um morrer

durante o adeus das mãos

que se banham em lágrimas

(em noites de ausências)

de uns olhos que choram,

nos lábios, o gelo,

nos homens, a morte

em noites de ausências.